A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Cassandra, para desarticular uma organização criminosa transnacional envolvida em crimes de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, rufianismo, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes tributários.

No Brasil, foram mobilizados 120 policiais federais e sete servidores da Receita Federal, para dar cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso. Além dos mandados, a Justiça Federal também decretou 13 medidas restritivas de direitos
Das 30 ordens de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva expedidos no Brasil, 22 foram cumpridos em municípios catarinenses. As cidades alvo foram Florianópolis, São José, Camboriú, Biguaçu e Palhoça.
Florianópolis: 7 mandados de busca e 1 prisão preventiva
São José: 7 mandados de busca e 3 prisões preventivas
Camboriú: 1 mandado de busca e 1 prisão preventiva
Biguaçu: 2 mandados de busca e 1 prisão preventiva
Palhoça: 5 mandados de busca
Na Irlanda, estão sendo cumpridas três prisões e diversos mandados de busca e apreensão em residências de investigados e estabelecimentos ligados à organização criminosa.
As investigações apontam que o grupo criminoso atua desde 2017, sendo especializado no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual, exercendo rígido controle sobre as vítimas. Até o momento, foram identificadas cerca de 70 mulheres exploradas. Para ocultar e usufruir os altos ganhos ilegais, o grupo criminoso empregava diferentes mecanismos de lavagem de dinheiro, fraudes documentais e crimes financeiros.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, rufianismo, lavagem de dinheiro, falsidade documental, crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes contra a ordem tributária.
A ação é realizada em cooperação internacional com a EUROPOL e a Garda National Protective Services Bureau, da Irlanda, que simultaneamente deflagrou a Operation Rhyolite, voltada a apurar crimes praticados pelo mesmo grupo criminoso naquele país.