SC decreta situação de emergência após aumento de 650% dos casos de dengue em 2024

O Governo do Estado de Santa Catarina decretou emergência epidemiológica devido à infestação do mosquito Aedes aegypti no estado. A assinatura do decreto ocorreu na sede da Defesa Civil, em Joinville, um dos municípios mais afetados pela doença e que registra o maior número de óbitos por dengue em Santa Catarina até o momento.

Santa Catarina enfrenta um aumento significativo nos casos de dengue, com 17.696 casos prováveis da doença em 177 municípios, representando um aumento de 650% em comparação com o ano anterior. Diante desse cenário, o decreto de emergência foi acompanhado por apelos à população para que compreenda o risco e adote medidas para evitar a reprodução do mosquito.

O governo justificou o decreto com base no grande número de municípios infestados pelo Aedes aegypti, no aumento dos casos de dengue em comparação com o ano anterior, nos óbitos registrados pela doença e na possibilidade de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual.

Além do decreto, foi lançada uma campanha de comunicação do Governo do Estado, veiculada em diversas mídias, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito. O esforço conjunto entre poder público e população é fundamental para o controle do Aedes aegypti e a prevenção da dengue.

Uma reunião técnica de trabalho também foi realizada para discutir o cenário epidemiológico da dengue na Macrorregião de Saúde Planalto Norte Nordeste, com o objetivo de alertar sobre o aumento de casos e preparar os profissionais de saúde para lidar com a doença. A secretária de Estado da Saúde enfatizou a importância de ações que facilitem o acesso ao tratamento adequado dos pacientes, visando evitar complicações e mortes associadas à doença.

O Governo do Estado de Santa Catarina decretou emergência epidemiológica devido à infestação do mosquito Aedes aegypti no estado. O ato ocorreu na sede da Defesa Civil, em Joinville, um dos municípios mais afetados pela doença e que, até agora, registra o maior número de óbitos por dengue no estado. A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm, a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto e o Diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck assinaram o decreto na manhã desta quinta-feira (22).

Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, o que representa um aumento de 650% quando comparado ao ano de 2023. Considerando o atual cenário, além do decreto de emergência e da intensificação das ações, é fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti.

Conforme o governo, o elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti; o elevado número de casos prováveis de dengue notificados quando comparado ao mesmo período de 2023; o registro de óbitos em decorrência da dengue e a ocorrência de eventos que apresentam potencial risco de extrapolação da capacidade de resposta, bem como de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual são as justificativas para que o Governo do Estado lance mão do instrumento.

A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm, ressaltou que o Estado de Santa Catarina está engajado no combate à dengue. “Vamos vencer essa doença, nós precisamos agora é a ajuda da população, sem essa ajuda não conseguiremos vencer o mosquito da dengue. Temos que estar unidos para combater o mosquito da dengue, então eu peço a toda a população a máxima colaboração. Joinville é uma cidade que chove muito, é uma cidade quente, então uma cidade propícia à multiplicação desse mosquito, então eu peço a toda a população que todos os dias deem uma olhada nas suas casas”.

“O aumento de casos em relação ao ano anterior e o elevado número de municípios infestados pelo Aedes aegypti, a ocorrência de óbitos pela doença fazem com que seja necessário esse momento de mobilização. A importância de um decreto de emergência é facilitar as ações do governo do Estado em apoio aos municípios, para que a gente consiga ter um melhor controle do mosquito e também um atendimento adequado e rápido dos casos que a gente sabe que é a hidratação adequada desde o primeiro momento do diagnóstico, diminui a evolução para casos graves e mortes”, enfatiza Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

Além da assinatura do Decreto de Emergência, foram apresentadas as peças da campanha de comunicação do Governo do Estado, que passou a ser veiculada nesta semana nas mídias online e offline, como: TV aberta e fechada, rádios, terminais, sites, jornais, redes sociais, busdoor, painéis externos e outros.

“Por isso, é preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça o diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck.

Na mesma ocasião também foi realizada uma reunião técnica de trabalho sobre o cenário epidemiológico da dengue na Macrorregião de Saúde Planalto Norte Nordeste, composta por Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville, São Francisco do Sul, Barra Velha, Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Massaranduba, São João do Itaperiú, Schroeder, Bela Vista do Toldo, Campo Alegre, Canoinhas, Irineópolis, Itaiópolis, Mafra, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Tres Barras. Além dos representantes da Saúde, outras pastas do Governo do Estado e entidades de classe estavam presentes.

O objetivo da reunião foi alertar sobre o cenário da dengue na região, além de preparar os profissionais para o aumento de casos da doença neste começo do ano. A secretária Carmen Zanotto enfatiza a importância de todas as ações necessárias para a organização da rede de serviços de atenção à saúde. “As ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente”, alerta a secretária.

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