A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Deadcoin, que visa desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes financeiros e lavar dinheiro obtido por meio de estelionato, afetando milhares de pessoas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Em Jaraguá do Sul, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão relacionados ao esquema.
Conforme informações da PF, a organização atraía investidores com promessas de rendimentos elevados e rápidos, criando uma falsa sensação de lucro inicial para ganhar a confiança das vítimas. Após esses primeiros ganhos, os investidores eram incentivados a depositar valores ainda maiores, mas logo os retornos cessavam e os valores investidos ficavam bloqueados, sem qualquer possibilidade de reembolso.
A operação não apenas apontou a prática de estelionato, mas também revelou uma estrutura de lavagem de dinheiro complexa, envolvendo transferência de valores para contas em paraísos fiscais, além de compras de imóveis e automóveis de luxo no exterior. A lista de crimes dos envolvidos inclui estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas, com penas que podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 28 mandados de busca e apreensão em várias cidades catarinenses e gaúchas, incluindo Jaraguá do Sul, Chapecó, São Miguel do Oeste e Joinville, além de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, entre outras no Rio Grande do Sul. Além das buscas, foram expedidos dois mandados de prisão preventiva, e a INTERPOL foi acionada para localizar investigados que já deixaram o país. Em Caxias do Sul, um dos alvos deverá utilizar tornozeleira eletrônica, e passaportes de um investigado foram retidos.