Entre o final de 2024 e o início de 2025, mais de 2 mil presos que receberam o direito à saidinha de Natal não retornaram aos presídios brasileiros. Esse dado foi revelado por um levantamento realizado em 14 estados e no Distrito Federal, destacando que 4,3% dos 48 mil detentos beneficiados não voltaram aos estabelecimentos prisionais dentro do prazo estipulado.
Em Santa Catarina, 1,7 mil presos foram autorizados a sair durante o período de festas. Desses, 35 não retornaram, mas 11 já foram recapturados. Medidas como o uso de tornozeleiras eletrônicas foram adotadas, e a recaptura de foragidos segue como prioridade para a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina.
No Rio de Janeiro, o número de evasões foi alarmante, com 14% dos presos que receberam a saidinha, ou seja, 260 dos 1,4 mil liberados, não retornando. O Estado do Rio de Janeiro apresentou a maior proporção de evasões, o que tem gerado críticas quanto ao cumprimento das normas e à fiscalização do processo.
Já em São Paulo, o cenário foi ainda mais preocupante em termos absolutos, com 1,3 mil detentos não retornando após a saída, o maior número de evasões registrado no país.
Outros Estados também reportaram números expressivos de evasão.
Em Sergipe, dos 757 detentos autorizados a sair, 49 não voltaram, o que representa 6,5% do total de beneficiados. Já no Espírito Santo, a taxa de evasão foi de 1,7%, com 43 dos 2,5 mil presos autorizados a sair não retornando.
Enquanto isso, alguns Estados, como Amazonas e Goiás, decidiram substituir a saidinha de Natal por monitoramento eletrônico, uma alternativa que visa evitar o aumento do número de foragidos.
Além disso, a Paraíba se destacou positivamente, com todos os 41 presos autorizados a sair retornando à prisão dentro do prazo.