O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) realizou, na manhã desta terça-feira (4), a segunda fase da Operação Unidade Móvel, que investiga possíveis crimes de fraude em licitações e associação criminosa ocorridos entre 2021 e 2024 em Santa Catarina.

Durante a ação, cerca de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do bloqueio de mais de R$3,4 milhões em bens e ativos financeiros.
Os mandados foram cumpridos com o apoio da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel do Oeste, abrangendo endereços comerciais, residenciais e órgãos públicos de 26 municípios catarinenses, incluindo São Miguel do Oeste, Chapecó, Criciúma e Itapema.
A operação contou com a participação das Polícias Civil, Militar e Penal, além da Polícia Científica de Santa Catarina.
De acordo com as investigações, um grupo estaria manipulando processos licitatórios e contratos administrativos, com indícios de envolvimento de servidores públicos para favorecer empresas prestadoras de serviços de transporte de pacientes, assessoria às Secretarias de Saúde e fornecimento de sistemas informatizados.
Além das medidas de busca e apreensão, a Justiça determinou que os investigados sejam impedidos de participar de novas licitações e contratos públicos, tanto de maneira direta quanto por meio das empresas envolvidas.
A primeira fase da operação ocorreu em março de 2024, quando 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Catarina e no Paraná.
O nome da operação faz referência ao serviço de transporte intermunicipal de pacientes, principal atividade das empresas sob investigação. As apurações seguem sob sigilo, e novas informações podem ser divulgadas conforme o andamento do processo.