A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (12), a Operação Anatomia da Saúde, uma ação para investigar desvios milionários de recursos da saúde pública em Santa Catarina.
A operação busca apurar crimes contra a administração pública, como fraudes em licitações, malversação de verbas públicas e lavagem de dinheiro, supostamente praticados por gestores públicos e uma organização social responsável pela gestão do Hospital Municipal de Dionísio Cerqueira.
Jaraguá do Sul teve um alvo da operação, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão. Até a publicação desta matéria não haviam detalhes sobre o alvo.
No total, 17 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em cidades de Santa Catarina e também no Paraná.
A Polícia Federal investiga a conexão entre os alvos dessa operação na cidade e os contratos suspeitos que, segundo informações iniciais, somam mais de R$ 30 milhões. As investigações apontaram irregularidades no processo licitatório envolvendo uma Organização Social sediada em Florianópolis, que teria gerido o hospital de Dionísio Cerqueira de forma irregular, com indícios de favorecimento de contrato, falta de edital e direcionamento.
Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram impostas medidas cautelares rigorosas para proteger o patrimônio público e interromper as práticas suspeitas. Sete servidores públicos foram afastados de suas funções, e os bens de 14 pessoas físicas e jurídicas foram bloqueados, somando um valor total de R$ 30.909.769,04. O Ministério Público de Contas de Santa Catarina também contribuiu com as investigações, apontando a existência de graves irregularidades no processo licitatório, incluindo a dispensa de licitação e o direcionamento para beneficiar uma empresa específica.
As cidades envolvidas na operação incluem, além de Jaraguá do Sul, Florianópolis, onde foram cumpridos cinco mandados; Dionísio Cerqueira, também com cinco mandados; Joinville, com dois mandados; São José, Rio do Sul, Mafra, e a cidade paranaense de Barracão, cada uma com um mandado.