4 Prefeitos são presos em operação do GAECO em SC

A primeira fase da operação ocorreu em setembro do ano passado e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília

Na manhã desta quarta-feira, dia 19, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) deflagraram a segunda fase da operação “Fundraising”, em parceria com a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina.

Objetivo da Operação

A operação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa liderada por um grupo empresarial acusado de desviar recursos públicos e fraudar licitações. As investigações revelam que o grupo recrutava agentes públicos e particulares para obter vantagens financeiras ilícitas, prejudicando o patrimônio público.

Principais Alvos

Entre os principais alvos estão Fernando de Faveri Marcelino (MDB), prefeito de Cocal do Sul, Clori Peroza (PT), prefeita de Ipuaçu, Marcelo Baldissera (PL), prefeito de Ipira, e Mário Afonso Woitexem (PSDB), prefeito de Pinhalzinho, todos com prisão preventiva decretada. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra Emerson Ari Reichert (PT), ex-prefeito de Ipira e empresário, Edson Bez de Oliveira (MDB), ex-deputado federal e empresário, e Mauro Francisco Risso (MDB), prefeito de Jardinópolis.

Ações e Mandados

A operação cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 5 de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão, expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). As ações ocorreram em 23 municípios de Santa Catarina, um no Rio Grande do Sul e em Brasília (DF).

Esquema Criminoso

De acordo com as investigações, o grupo criminoso direcionava processos licitatórios sob o pretexto de oferecer serviços de consultoria e captação de recursos públicos. Esses contratos eram firmados sem a devida comprovação de atividade, permitindo ganhos ilícitos para servidores públicos e agentes políticos.

Colaboração de Forças

A operação contou com o apoio das Polícias Penal e Científica de Santa Catarina, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Polícia Civil do Distrito Federal, Delegacia de Combate à Corrupção e o GAECO e CI do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A investigação segue em segredo de justiça.

Nome da Operação

A operação foi batizada de “Fundraising”, expressão em inglês que se refere à metodologia para facilitar a captação de recursos.

Primeira Fase

A primeira fase da operação ocorreu em setembro do ano passado, quando o GAECO cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.

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