O Hospital São José, em Jaraguá do Sul, deverá contar com um importante reforço na estrutura de atendimento nos próximos anos. A Câmara de Vereadores anunciou, nesta terça-feira (9), a destinação de R$ 2,5 milhões ao município, com indicação para investimento direto na ampliação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição.

O anúncio ocorreu durante um encontro na própria unidade hospitalar e reuniu representantes do Legislativo e da diretoria do hospital.
O presidente da Câmara de Vereadores, Luis Fernando Almeida, explicou que o Legislativo já tinha conhecimento de uma projeção de sobra financeira e, por isso, solicitou ao Executivo que os valores fossem destinados ao hospital.
“Nós, sabendo que iríamos ter sobra já antecipadamente, fizemos um pedido ao Executivo, apontamos a rubrica orçamentária e pedimos que esses R$ 2,5 milhões sejam destinados ao Hospital São José para que possam ser implementados, o mais rápido possível, equipamentos técnicos para os dez novos leitos de UTI”, afirmou Almeida.
O vereador destacou ainda que a superlotação da UTI é um problema recorrente e que a ampliação é considerada urgente.
“Na saúde, um minuto pode definir entre a vida e a morte. Os leitos atuais frequentemente ficam sobrecarregados, e não é admissível que um familiar precise buscar atendimento em outro município pela falta de vagas aqui”, completou.
O diretor-geral do Hospital São José, Maurício José Souto-Maior, ressaltou que a implantação dos novos leitos depende dos trâmites legais por parte do Executivo, mas reforçou que o recurso é fundamental para a expansão.
“Esses recursos são extremamente importantes para que possamos dar vazão ao projeto e implementar mais dez leitos de UTI. Hoje o hospital conta com 30 leitos, e a expectativa é colocar os novos em funcionamento até o final de 2026, quando o hospital completará 90 anos”, afirmou.
Maurício explicou que a ampliação trará impacto direto em vários serviços de alta complexidade oferecidos pelo hospital.
“A neurocirurgia, a ortopedia, a cardiologia, a oncologia e até os transplantes hepáticos dependem da estrutura de UTI para suporte adequado. Com mais leitos, poderemos reduzir filas de cirurgias eletivas e agilizar atendimentos que hoje encontram gargalos pela falta de vagas”, disse o diretor.